Tempero da Vida

Supermercado
Rosane Vidinhas
11 de setembro de 2018

Um TESOURO no meio do Supermercado Pão de Açúcar

Por Rosane Vidinhas

Em 29 de agosto de 2018

 

Sim! um TESOURO no meio da loja PÃO DE AÇÚCAR da Avenida das Américas, na Barra da Tijuca  https://www.paodeacucar.com.

MOLHO DE TUCUPI PRETO, PEQUI, VINAGRE DE MEL, VINAGRE DE CAJU, CHOCOLATE DA AMAZÔNIA, FARINHA BRAGANTINA, GELÉIA DE TAPEREBÁ, E OUTRAS MARAVILHAS numa ESTANTE DE BAMBU…o BRASIL representado ali e respeitando o COMÉRCIO JUSTO, que valoriza o que é da nossa terra, valoriza comunidades que muitas vezes vivem longe de onde moramos, que se preocupa com o meio ambiente, que preserva, é sustentável e acima de tudo valoriza o HOMEM DO CAMPO!

Esses produtos fazem parte do programa CARAS DO BRASIL, uma iniciativa do Grupo PÃO DE AÇÚCAR. Produtores regionais muitas vezes teriam dificuldades de comercializar seus produtos em grandes redes varejista e essa oportunidade foi criada pela Rede Pão de Açúcar.

São produtos provenientes de comunidades formadas por agricultores familiares, extrativistas, pescadores, vazanteiros (aqueles que trabalham em terrenos que sofrem grandes impactos fluviais, tornando-se encharcado, vazante…) retireiros (aqueles que vivem de retiro, habitante ou pessoa que vive na fazenda, que ordenha a vaca), quilombolas (comunidades descendentes de escravos), indígenas, assentados (trabalhadores que transformam terras ociosas em produtivas sem ajuda estatal), dessa forma dando o devido valor ao homem que retira o alimento direto da natureza.

1-GELEIAS DO SÍTIO BELLO

Geleia de Cambuci, uvaia, araçá, amora…

Frutas que você nunca ouviu falar, comeu e não encontrou mais, nunca provou…

O Sítio do Bello, desde 1999, na cidade de Paraibuna, São Paulo, produz frutas nativas como forma de recuperação e preservação da natureza. São mais de 50 espécies de frutas, mais de 6 mil árvores.

O objetivo é demonstrar que é possível recuperar áreas degradadas através do plantio de árvores de frutas nativas, através de um empreendimento economicamente viável.

2 VINAGRES DOM SPINOSA

Comprei e aprovei o Vinagre Orgânico de Mel.

O vinagre tem ação no metabolismo e reforça a imunidade intestinal em nosso organismo.

A produção do Dom Spinosa, que fica em Assis, São Paulo, usa apenas frutas orgânicas na composição dos vinagres. A matéria prima e o processo de produção são certificados em sua procedência e manipulação.

É possível saber quando, como e onde a fruta foi plantada e cultivada, quando e como foi colhida e comercializada. Você conhece a história de Dom Spinosa desde quando o vinagre era ainda uma fruta no pé.

3-EMPÓRIO DO CERRADO

É uma Rede de Comercialização Solidária de Agricultores Familiares e Extrativistas do Cerrado. Implementam sistemas de produção agroecológicos, orgânicos e construindo empreendimentos auto-gestionários. Vivem do ofício de manejar a natureza, tirando dela o alimento, o remédio, o sustento e a inspiração para criar.

É preciso reconhecer o CERRADO com sua diversidade biológica, riqueza hídrica e potencial produtivo.

A Rede está organizada em três territórios políticos, que compreendem modos de vida e cultura associados, os quais dão a estas comunidades um sentimento de pertencimento ao Cerrado. São eles: Território Goiano, Território Mineiro e Território Nordeste. Ocupa toda a área do Brasil central, incluindo os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, a região sul de Mato Grosso, o oeste e norte de Minas Gerais, oeste da Bahia e o Distrito Federal.

Esse novo sujeito social se reafirma e configura coletivamente unindo comunidades rurais em torno de suas estratégias e lutas, buscando legitimidade num determinado território, garantindo formas sustentáveis de uso comum dos recursos da natureza que valorizam e resgatam seu modo de vida, mostrando que o Cerrado tem valor através da sua diversidade, nos frutos da favela, do pequi, do baru, do jatobá, do inajá, do buriti e de tantas outras plantas manejadas e consumidas pela sociedade.


4- CASTANHAS DO CARRILHO

As castanhas de caju da comunidade de Carrilho, no município de Itabaiana, em Sergipe, e é a castanha a maior fonte de renda da região, são produzidas de forma artesanal e há 50 anos esse ofício é passado de pai para filho. Hoje essas castanhas são comercializadas em todo litoral brasileiro.

Em maio de 2013 foi criada a Cooperativa dos Beneficiadores de Castanha – COOBEC, com o apoio de instituições como: PRONESE, BNDES, INSTITUTO VOTORANTIM, Programa ReDes, dentre outros parceiros que se uniram para favorecer as famílias envolvidas nesta atividade.

5-MEL MANDALA

MANDALA tem sua origem na união de apicultores em uma sociedade criada ao final da década de 70. No ano de 1982 se estabeleceu no Sul de Minas Gerais, mais precisamente na região da Mantiqueira Mineira, marcada pela profusão de Unidades de Conservação como o Parque Nacional do Itatiaia, a APA Mantiqueira e o Parque Estadual da Serra do Papagaio. A diversidade de flora nativa desta região também é responsável por garantir a alta qualidade, a pureza e os sabores peculiares dos produtos.

A consciência socioambiental e a sustentabilidade são os conceitos que norteiam a prática de MANDALA, refletidas em suas próprias instalações de produção e na relação com os fornecedores parceiros de diversas regiões do país.

6- FARINHA BRAGANTINA

Crocante, torrada à mão, segundo tradição passada de pai para filho, famosa por sua qualidade, é produzida na região Bragantina, nos municípios de Bragança e Tracuateua, no Pará. É de mandioca e é d’água.

A Comunidade formada por agricultores familiares, está organizada como Associação de Usuários da Reserva Extrativista Marinha de Tracuateua (AUREMAT).

A região se prepara para pleitear o selo de indicação geográfica para a farinha.

7- MANIOCA BRASIL

A MANIOCA foi criada pelo Chef Paulo Martins e sua mãe D. Anna Maria, que fundaram o restaurante Lá em Casa, por seu enorme sucesso chefs do Brasil e do mundo solicitavam a eles produtos da região amazônica que enviavam por Correio. Paulo Martins faleceu em 2010 mas já havia plantado a semente da indústria gastronômica que a partir de 2014 passou a ser gerida por sua filha Joanna. Paulo já havia plantado a semente da Manioca, indústria gastronômica criada em 2014 por Joanna. Indústria essa baseada em 3 ideias principais: trabalhar com ingredientes da Amazônia, criar produtos 100% naturais e promover o comércio justo, num relacionamento com produtores, comunidades, cozinheiros e todos que são a base da receita de sucesso da culinária Paraense.

Queremos conectar as pessoas à Amazônia, através do alimento natural e praticando o comércio justo.

Já parou pra pensar sobre O Que Você Come?

O que te alimenta ao provar um produto?

Queremos convidar você a refletir sobre quais caminhos aquele produto percorreu, quais pessoas fizeram parte da sua criação. Será que um produto é capaz de conectar você?

Você consegue comer Sustentabilidade? Cultura?

 Às vezes temos a impressão de que um produto é só um produto, mas e se ele também representar uma História, a Valorização de pessoas, a Tradição e gerar Conexão a Amazônia?

8- CHOCOLATES LUISA ABRAM

Luisa é pesquisadora de cacau selvagem da Amazônia.

Um chocolate que pode conter até 81% de cacau e com açúcar orgânico.

O cacau selvagem é encontrado nas florestas da Mesoamérica. É da Floresta Amazônica Brasileira que vem o cacau ,  coletado pelos ribeirinhos.

Criamos parcerias com as comunidades ribeirinhas que são incentivadas a cuidar e preservar os pés nativos de cacau, bem como as árvores nos seus entornos. Oportunidades de trabalho e novas fontes de renda são criadas para homens e mulheres, melhorando a qualidade de vida dessas populações.

9- MEL DE TERESÓPOLIS

Mel de Teresópolis é uma agroindústria familiar que se iniciou a partir do ano 2000 nas Serras de Teresópolis com o casal Adriano e Lúcia.

A tarefa de implantação de apiários em fazendas–parceiras visa a preservação da Mata Atlântica.

As abelhas são um exemplo para a humanidade.

Complementando essas delícias, uma maravilhosa linha de cerâmica feita na área do entorno da Serra da Capivara, no Piauí. Esses desenhos retratam as pinturas rupestres encontradas no sítio arqueológico da região.

Encontrei com a amiga Angélica. Seu filho ficou animado de levar a Tapioca em grãos, difícil de encontrar, para comer com açaí.

Com Angelica Vieira

Quando me aproximei do Caixa para pagar, inclusive levei alguns desses itens para dar de presente, havia uma senhora que ao se deparar com minha compra (ela já estava indo embora) se encantou com o que viu e retornou ao interior da loja. Disse que era do Pará, falou da Gastronomia de sua terra e que não havia notado sobre a venda desses produtos tão especiais. Memória gustativa!

Rosa Cysne que é do Pará, encantada com os produtos da culinária paraense, segundo ela, a melhor do Brasil.

Apoio e cortesia do Gerente da Loja Alexandre Gitai e do funcionário Fagner Mello. Afinal passei um bom tempo em frente a essa estante estudando e lendo sobre esses produtos.

Esse é um grande diferencial do supermercado Pão de Açúcar e se o consumidor sabe que está lá à venda, se já vivenciou pratos com esses ingredientes, vai querer de novo. E ainda poderá receber amigos desenvolvendo pratos exóticos.

IMPORTANTE: são as nossas raízes, a nossa terra, nossa gente, é preservar e valorizar o que Deus nos deu.

Freeway Center – Av. das Américas, 2000 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ, 22640-101

Observação:

Partes do texto foram retiradas dos sites das empresas:

https://www.sitiodobello.com.br

http://www.domspinosa.com.br

http://emporiodocerrado.org.br

https://www.castanhasdocarrilho.com.br

http://www.melmandala.com.br

http://maniocabrasil.com

http://luisaabram.com.br/

http://www.meldeteresopolis.com

 

“O alimento é um poderoso agente transformador, capaz de mudar a vida das pessoas e o entorno em que elas vivem. Mas para isso é preciso combater a falta de sensibilidade em relação à comida e investir na educação. Só assim a cultura e o patrimônio gastronômico tradicional serão resguardados”.

Carlo Petrini, Coluna Paladar no ESTADÃO

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