Rosane Vidinhas em 30 de abril de 2018
Vale a pena o passeio, vale a pena o sabor, vale a pena sentir o cheiro da terra de onde vem nosso alimento…
“Zelando pela qualidade de sua alimentação…é a nossa meta…contribuir para um mundo melhor, a partir de coisas simples, como a nossa horta, a nossa mesa, a nossa casa”.
O ponto alto das atividades do GEN (Grupo Executivo de Nutrição) em ABRIL, foi a visita técnica que aconteceu no dia 11, a dois locais importantes de cultivo de alimentos naturais que se situam em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.
A primeira parada foi no SÍTIO do MOINHO, localizado em Itaipava, Petrópolis, onde produzem alimentos ORGÂNICOS e comercializam cestas com diversos produtos, a serem entregues nas residências, em vários bairros do Rio de Janeiro.
A segunda parada foi no FUNGI PETRO, sítio que desenvolve o cultivo de cogumelos SHIITAKE e também comercializa seus produtos principalmente para restaurantes situados na cidade do Rio. No Brejal, Petrópolis.
É muito bom, quando nós nutricionistas, podemos ter contato direto com produtos desde seu cultivo na terra até chegar às mesas.
Todo alimento se cultivado mais próximo a nós, cuidado, higienizado, com boas condições de entrega, etc. é melhor para nossa saúde.
Valorizar a agricultura que está perto da nossa cidade, garante maiores probabilidades de um alimento mais saudável e nutritivo.
O proprietário Dick Thompson, trabalhava no mercado financeiro, deixou tudo para trás e junto a sua esposa Ângela, em 1989, começaram a cultivar orgânicos. A princípio pela família, mas o negócio cresceu e em 1991 começaram a comercializar. Hoje se tornou uma extensa área de plantação e com tecnologia.
Uma curiosidade que me encantou, foi quando vi a instalação de diversos alto falantes, em 12 a 18 módulos de ambientes protegidos, tocando música clássica, das 7 h às 17h… Bach, Bethoven, Mozart… por uma área de mais de 14 mil metros quadrados de hortaliças.
Dick Thompson leu o livro “The secret life of plants” (1972), A Vida Secreta das Plantas, que relata a resposta dos vegetais quando bem tratados.
Segundo o livro,canções calmas ajudariam no desenvolvimento das plantas. E dessa forma, aqueles funcionários que manuseiam os canteiros, também ouvem a música. E música faz bem a alma!
Ser considerado alimento orgânico, não significa apenas não usar agrotóxicos, é uma filosofia de vida, respeito a terra, aos funcionários, agricultores e investir na certificação que garanta o alimento ser devidamente classificado como ORGÂNICO. Todos envolvidos nessa cadeia devem ter reconhecimento.
“O Sitio do Moinho é atualmente um núcleo de 73 pessoas, dos produtores na horta à equipe de venda, panificadora, passando por responsabilidades como gerência, administração, empacotamento, cozinha e refeitório, limpeza, semeio, manutenção, motoristas e entregadores, além de duas lojas no Rio onde trabalham mais 20 funcionários”.
A equipe é multidisciplinar e conta com nutricionista, engenheiro agrônomo, engenheiro agrícola, administrador, etc. Os estagiários no Sítio colocam a mão na massa para que possam realmente entender do processo.
O Sítio do Moinho já fez entregas para grandes redes de supermercados, hoje, se concentra nas entregas domiciliares.
Você poder agendar e conhecer as plantações no Brejal, onde são organizadas as cestas a serem entregues nas casas. Há todo um compromisso e organização para que os alimentos cheguem em perfeitas condições aos lares.
Começaram com um galpão rústico e cestas de taquara e hoje operam com câmaras frias, veículos refrigerados, fibra ótica, entre outros.
Ao chegarmos, fomos recebidos pelo Gerente Geral Sr. Fábio Ramos, que junto a nutricionista Juliane e equipe, nos explicaram sobre todas as atividades do Sítio do Moinho, incluindo os aspectos técnicos do que é um alimento certificado como orgânico; e eles possuem o selo IBD que é filiado à IFOAM (Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica) e seu certificado também reconhecido na Europa, Estados Unidos e Japão.
Considerar um alimento orgânico é um processo desafiador e caro diante de tantas exigências governamentais. É preciso ter sim um ideal para uma vida melhor que estimule seguir em frente. Como disse Fábio, as grandes indústrias alimentícias já estão de olho nesse mercado orgânico, porém, que essas potências industriais não se esqueçam que “um ser humano é um ser humano”.
A presidente do GEN, Nutricionista Silvia Marques, agradece aos responsáveis por nos receberem.
Depois da palestra, a confraternização foi com um delicioso café da manhã com pães quentinhos, geleias, café, suco, tudo orgânico…o sabor é maravilhoso! no centro da mesa o adoçante AGAVE AZUL, que é devidamente certificado como orgânico. A base de frutose, com excelente potencial para adoçar e substituir de forma mais saudável o açúcar refinado.
O Sítio do Moinho tem uma lojinha aconchegante com centenas de produtos, incluindo os de fabricação própria, como os pães Molino D’oro que nos foram servidos (a panificadora é no próprio Sítio).
Fabricados com matéria prima orgânica. Foi a primeira panificadora certificada como orgânica no Brasil.
Além dos pães, existem diversos outros produtos de fabricação externa e muito bem selecionados de marcas reconhecidas no mercado da alimentação saudável.
A visita as plantações foi feita com acompanhamento de engenheiros que explicaram sobre adaptações das plantas, semeaduras, a necessidade de adequar a nutrição da terra a cada diferente grupo de hortaliças, os cuidados com os galpões, compostagem,etc.
Existem outras duas lojas do Sítio do Moinho: uma situada no Leblon, zona sul e outra loja na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Onde também é possível provar um cardápio delicioso e saudável.
Você encontra todas as informações no site:
http://www.sitiodomoinho.com.br
Contatos e informações
Tel.: (24) 2291-9190 | (24) 2291-9171
smoinho@sitiodomoinho.com
WhatsApp: (24) 99268-1365
As fotos são de minha autoria e não devem ser reproduzidas sem a devida autorização.
A foto principal é de Isadora.
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Nutricionista, especializada em Comportamento e Transtorno Alimentar. Jornalismo Gastronômico.
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